Anuncio: Grande Noite do Fado

Finalmente, bom cartaz e boa actividade, para quem gosta de fados.

Vamos lá ver se consigo ir a esta tb, a outra foi boa, esta deve ser espectacular.
Vá lá pessoal, reservem mesas

Jose Luis

Será sem dúvida mais um grande êxito com o "carimbo" do Grupo de Promoção Sócio-cultural de Montargil!!!! Força Pessoal

Para os amantes do Fado está a chegar mais uma grande noite.

Olá a todos !

É verdade;
Estamos em pleno, para conseguir, pelo menos, repetir o êxito do ano passado.
Mais difícil se torna, não só pelas poucas condições de que dispomos, mas também porque "O óptimo é inimigo do bom..."

Mas, com esforço e uma boa equipa, tudo se consegue.
É este o espírito do Grupo de Promoção.

A pouco mais de 24 horas, são já poucos os lugares disponíveis.
Provavelmente, vamos ter casa cheia.

JJ

E de novo
se cantou o fado


Se o “fado” tem a ver com a comunhão entre quem canta e com quem ouive, então em Montargil e na Casa do Povo de novo aconteceu…FADO.”Fado Vadio” se a terminologia se mantém em relação ao cantado por amadores” que eu prefiro designar por “não profissionais”.

Sala, mais uma vez signitivamente decorada, com realce para o quadro etnográfico
que pode considerar-se alusivo ao Novembro de há oitenta anos. Como motivo central a “ apanha da azeitona” e em cada dos lados outros motivos como a cozinha da “gente do povo” e as “panelas de barro” em “lume de lenha”.
Parabéns a quem idealizou e construiu. Mas não esquecendo ainda o bonito cenário que serviu de fundo aos artistas.

Quanto aos “cantadores”(5) e “ cantadeira”(2) que nos vieram de Ponte de Sôr, e sem esquecer os três músicos(guitarra portuguesa/viola de fado / e baixo) estiveram com a dignidade a que nos habituaram, e que sem ignorar a qualidade que possuem, são gente—e isso é muito importante—que “gosta de cantar o fado”

Foram diversos os “estilos” ali cantados, desde o clássico ou castiço à maneira do grande Marceneiro, ao Samaritana, que nos mostra toda a beleza do fado de Coimbra. Tudo isso à luz das velas, como manda a tradição…


Mas agora e à margem espectáculo em si, diga-se que o cantar
“à luz das velas” não tem a ver com qualquer simbolismo, aconteceu por acaso, e deve-se ao Alfredo Marceneiro. Na altura, nos anos 20, a iluminação usada era o acetileno, não sendo possível a diminuição progressiva da luz, e a estreia das “velas” aconteceu na Quinta da Paiã. Alfredo Marceneiro, que ia cantar um tema “de puxar ao sentimento”mandara apagar a luz.
-- Mas ficamos às escuras….
--Não ficamos…arranjem umas velas e coloquem-nas nos gargalos de garrafas.
E foi assim…

Acontece também, que em 1921, os fadistas cantavam sentados, pelo que a tendência dos mais distantes, para ver quem actuava tinham a tendência de se levantar, o que causava alguma turbulência na sala.E é Alfredo Marceneiro que num dos seus “repentes criativos” resolve levantar-se para cantar.

Lino Mendes