O Windows 7, novo sistema operacional da Microsoft, chegou nesta quinta-feira a 45 mil lojas em todo o mundo com a ambição de ser instalado em todo tipo de computador e conseguir fazer com que haja "um PC para cada usuário e para cada contexto", anunciou o diretor-geral da companhia, Steve Ballmer.
"Quando Bill Gates criou a Microsoft, seu slogan era que houvesse um PC em cada escrivaninha e em cada casa. Com o Windows 7, queremos que haja um PC para cada pessoa, cada cômodo e cada contexto", explicou hoje Ballmer em entrevista à Agência Efe pouco antes de protagonizar a apresentação mais ambiciosa da empresa em anos.
Segundo o executivo, o Windows 7 foi criado para operar em todo tipo de computador, "desde os netbooks mais simples de menos de US$ 300, até os computadores e plataformas mais sofisticados".
Com este esperado lançamento da Microsoft, comparável ao do Windows XP pouco depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, a gigante do software confia em impulsionar a venda de computadores após um duro ano de recessão.
"Dos mais de 300 milhões de computadores que serão vendidos no próximo ano, mais de 90% terão o Windows 7, mas também haverá muita gente que comprará o programa separadamente para atualizar seu software", explicou Ballmer.
Sete de cada dez computadores do mundo ainda funcionam com Windows XP, enquanto seu sucessor, Windows Vista, que chegou ao mercado em 2007, só está em dois de cada dez, já que os problemas que gerava aos usuários transformou o software em um fracasso comercial.
"No total, 96 em cada 100 pessoas que usam um computador têm o Windows", declarou Ballmer à Efe, ao reconhecer que "não resta dúvida de que, com o sucesso que temos, devemos fazer grandes esforços para fazer sempre melhor e superar nossos concorrentes".
Nesse sentido, o executivo se mostrou "completamente entusiasmado" com o novo programa, porque "é o melhor Windows que existe".
O Windows 7 permite o uso de telas touch screen e a fácil criação de redes, com o objetivo de que um único computador controle equipamentos como impressoras, televisores e câmeras digitais.
Ballmer defendeu que o lançamento do sistema operacional, ocorrido em Nova York, não tem relação com o início da recuperação econômica de muitos países, incluindo os Estados Unidos.
"Temos o sistema operacional mais usado do mundo e isso nos permite saber o que as pessoas querem: mais velocidade, mais capacidade e mais singeleza; portanto, isto é o que oferecemos", disse.
Participaram do desenvolvimento desta versão mais de três mil engenheiros, 50 mil parceiros comerciais e oito milhões de usuários que testaram o software antes de seu lançamento no mercado, onde chega com uma interface mais similar à da Apple, sua maior concorrente.
Aos 53 anos, Ballmer reconheceu que não se vê na Microsoft daqui a 20 anos - "já serei muito velho", disse -, mas afirmou que seu trabalho é "garantir que a companhia continuará em atividade", objetivo cujo grande desafio é o combate à pirataria.
"A cada dia é mais difícil, especialmente em países como a China. Temos que trabalhar muito para educar sobre o valor do software legal, não incentivar a pirataria e proteger os programas", explicou o diretor.
Também hoje, a Microsoft também abre sua primeira loja física, em uma clara imitação da Apple. Nesta sexta, apresenta seus resultados trimestrais.
Para acompanhar o lançamento do Windows 7, Ballmer apresentou também uma série de novos PCs, desde netbooks muito econômicos, até laptops finíssimos, equipamentos com touch screen e sofisticadas máquinas para jogos.
Todos eles terão um sistema operacional muito mais rápido do que seu antecessor, que consome menos e sincroniza mais facilmente com telefones celulares e outros dispositivos.
FONTE : G1