CantarGil na Lamarosa

O
CantarGil
na Lamarosa


A minha segunda saída com a “Música” de Montargil (assim se chamava à BANDA) foi à Lamarosa.Tinha 12 anos, e recortdo-me que o “coreto” estava montado em cima de um poço, e que uma bomba do fogo preso rebentou na campânula do trombone do António Maria Cardoso.E ainda de um episódio curioso passado com o António Godinho Ferreira, alfaiate de profissão e”trompa” na Banda.
Acontece que o nosso António em determinada peça tinha um momento de certa responsabilidade, o que fez com que o meu pai, ao aproximar-se o momento o avisasse com um “firma-te António”, mas foi pior a emenda que o soneto. Ao ouvir o aviso, o nosso homem pensou mas foi no poço que estava por baixo e segurou-se à cadeira.
São recordações que me vieram à cabeça, quando tive conhecimento de que o CantarGil iria às Festas da Lamarosa.Não mais lá tinha voltado e ainda não foi desta. Sei no entanto que não obstante algumas situações adversas como a hora tardia, esteve com a qualidade a que já nos habituou.
O ser designado para encerrar o espectáculo foi o reconhecimento do valor deste novel Grupo, ,mas a verdade é que quando a hora é muito tardia, leva ao abandono de parte do público, e uma plateia numerosa é o principal incentivo para quem está em cima de um palco. De qualquer modo a “música popular portuguesa” foi bem tratada, e escutada com agrado. O que não nos surpreende.
Lino Mendes