XX FESTA DAS ESCOLAS DE FOLCLORE

24 MARÇO 2012
15.30h.
Casa do Povo


Rancho Folclórico de Montargil
Rancho Folclórico Infantil Vareirinhos de Matosinhos
Rancho Folclórico de Vila Nova da Erra
Rancho Folclórico Infantil das Fazendas Almeirim

XX Festa
das Escolas de Folclore

Da minha cadeira de uma sala lotada, vi com “encantamento” mais uma “Festa das Escolas de Folclore”.E foi bonito aquilo que se viu. Perfeito? Certamente nunca o será, mas atrevo-me mesmo assim a dizer que mais uma vez foi como que um hino à cultura tradicional e popular, sendo de realçar antes de mais, um público que com o seu entusiasmo e o seu carinho, encanta cada vez mais aqueles que nos visitam.
Assim dá gosto, diziam-me.


Refira-se entretanto que há vinte anos e sempre com o apoio total da Junta de Freguesia, que em Montargil se realiza esta FESTA no entanto com a condicionante de, se no festival adulto podemos garantir a representatividade dos grupos presentes, isso não acontece neste caso, dado que neste sector o trabalho a nível nacional está mais incipiente, não há um conceito definido. Mas é sempre importante, e até o contacto dos diversos responsáveis vai motivando uma evolução positiva .Há sempre uma troca de impressões em que todos aprendem.



RFMontargil— Escola Infantil e Juvenil
É evidente o trabalho cuidado que vem sendo realizado, na linha do que se propôs no sentido de uma “Academia de Usos e Costumes” Como novidade o “preâmbulo”, com a representação de várias”brincadeiras” infantis.
É o futuro que se está solidificando! Uma nova maneira de apresentar folclore sem o alienar.

Entretanto continua a ser a imagem da junção da alma alentejana com a riqueza da charneca ribatejana, com uns pingos algarvios( tiradores de cortiça) e beirões(“ratinhos” em tempo de ceifa).É a aculturação transformada em usos e costumes bem específicos.Com trajes pobres mas de grande riqueza etnográfica, e com modas que vão do elegante ao de ritmo marcante. Significativo que aqui ficassem a coabitar as “saias”,o “fandango” e o “corridinho”.



Vareirinhos de Matosinhos
Dizem pretender representar a classe piscatória nas suas tradições, quer nos trajes que usa quer na apresentação do grupo, No entanto e segundo sua afirmação não apresenta pesquisas mas peças inéditas de autor conhecido, pelo que não pode ser considerado de folclore. E ao referi-lo com toda a ingenuidade, nota-se que a sua responsável desconhece que um grupo que de folclore se pretenda, não apresenta peças de autor.
Tem matéria-prima agora duas opções: ou se mantém como “grupo de danças e cantares”não tradicional e não deve usar a designação “de folclore”,ou faz a pesquisa a todos os níveis(cantigas, danças e trajes).


Vila Nova da Erra
Ao pedir referências sobre este grupo, foi-me dito que não sendo ainda federado estava a realizar um bom trabalho no sentido de o vir a ser.
Confirmou-o.
Neste Grupo os mais pequenos retratam as crianças da época(final do século XIX)enquanto os mais crescidos vestem como os seus antepassados, que bem cedo deixavam a escola e outros nem a frequentavam. Bailaricos, verdegaios, fandango, passo largo, moda a dois passos, viras, modas de roda fazem parte do seu repertório


Fazendas de Almeirim
.Entretanto, o Rancho Folclórico de Fazendas de Almeirim, trouxe-nos os usos e costumes daquela vila situada a sul do Tejo, sendo com carinho que os seus responsáveis nos falam das melodias de belo sabor ribatejano com destaque para o Fandango.
As raparigas vestem saias de lã vermelhas, avental de cambraia bordado ou com rendas, lenço bordado e meias de linha rendadas, enquanto os rapazes vestem calças e colete, cintas e barrete tudo preto. É o traje domingueiro das pessoas antigas da aldeia, mas apresentando também o trajo de trabalho feitos de cotim e riscado em tons escuros.

Nota:
Era eu criança e já ouvia o aforismo popular de que “sapateiro não vás além da chinela”isto é, não fales do que não conheces, motivo pelo qual não posso nem devo analisar ao pormenor a “verdade” de grupos de regiões que não estudei.E se é certo que há sempre questões que me deixam dúvidas, opções com que não concordo, nem sempre são certezas ,e são tratadas em conversas privadas.
Entretanto, ao nível de escolas de folclore, navega-se ainda num mar de conceitos, que mais difícil torna o emitir de uma opinião.

Sem duvida que temos de fazer um balanço positivo
Quando as coisas correm bem, tudo parece fácil, e há que julgue que é carregar num botão e tudo aparece feito, ...mas não é bem assim....
Tudo começou há muitos meses com o contato aos grupos (que se foi mantendo até à data). Depois há que confirmar o apoio para o evento (o que felizmente temos tido da Junta de Freguesia) e ir mantendo contato permanente para que nada falhe....

A divulgação (a diversos níveis) tambem é importante, os convites.....

Depois é toda a logistica necessaria para que quem nos visite seja bem recebido ( palco-obrigado Zé João Lopes; som/imagem -Obrigado CMPS/EBI/Prfº. Edgar e equipa da Esc. Dança Impacto; alimentação-obrigado às excelentes cozinheiras e JFM; salão, bar, entradas; Guias, apresentação....)

Quando há espirito de ajuda e uma boa equipa de trabalho, a juntar a um bom grupo de bailadores, cantadeiras e tocadores estão os ingredimentes todos reunidos para que...tudo corra pelo melhor
Da minha parte quero agradecer a todos os que tornaram possivel esta iniciativa. Este ano inovamos com o Bar, a contribuição à entrada (tendo direito a um bolo, frango, bebida..) com passagem de fotos e de imagens em direto.. e ate com uma entrada diferente por parte do nosso grupo...
Grande parte dos pais deram a sua colaboraçao, houve um envolvimento de todos.

O tempo um pouco desagradável que se fazia sentir cá fora deu lugar a um Calor muito grande na sala ( que estava completamente cheia)...
Claro que há sempre algo a melhorar, mas ...estamos todos de parabens.