Contributo
para um Inventário de prioridade
Há por vezes quem enfie a carapuça sem que alguém lha tenha enviado, e quem leia aquilo que não foi escrito. É até natural que alguém entenda que aquilo que vou escrever seja um ataque a A, B ou C , mas desde já lhe digo que se assim pensa está enganado. Até porque é norma minha quando envio uma seta a alguém em especial, a mesma leva o nome na ponta. Inclusivamente nunca assinei com pseudónimo qualquer artigo de opinião.
É uma verdade que uma terra é aquilo que os seus filhos quiserem, mas quando como no caso da nossa terra acontecem divisões por razões ideológicas, é incontornável…que nada queremos. Quando um cidadão põe à frente de todas as razões o que o partido pensa, é sinal de que não aprendeu a viver em democracia. O desenvolvimento não acontece.
Claro que a nossa terra tem coisas boas, mas algumas carências que se mantêm por razões que a razão desconhece. Temos por exemplo uma EBI que nos deve orgulhar, mas que esteve quase a não acontecer, e eu continuo a considerar que se não fosse a persistência da CM ou antes do seu Presidente naquela ponta final, --estou, como sabem à vontade para falar—no ano seguinte já não aconteceria. Há quem me conteste veementemente, mas as opiniões são livres Vamos ter agora a Zona Verde do Laranjal a constituir um equipamento de excelência mas faltam-nos algumas coisas que a situação do país não nos permite pensar delas no imediato.
Por isso considero que se deve elaborar um “inventário de prioridades”,tendo presente que nem tudo o que falta é de exclusiva responsabilidade ou vontade das autarquias, embora as mesmas nunca possam estar ausentes das soluções respectivas..
OFICINA DE HISTÓRIA E OFÍCIOS TRADICIONAIS
Trata-se de uma ideia da Arqueóloga Ivone Canavilhas, e em substituição do Museu que se considerou um tanto inviável.E o importante para já, é reservar no Laranjal um espaço para o mesmo e a construir quando reunidas as condições financeiras para o efeito.
Trata-se de um espaço de grande importância para o desenvolvimento local, depositário de valores identitários tanto no campo da arqueologia como da etnografia.
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ROTEIRO ETNOGRÁFICO
Todos sabemos que na Vila são necessários “atractivos”que convidem o visitante a subir, pois só assim o comércio local poderá vir a lucrar. Ninguém , certamente acredita, que só pelo comércio as pessoas aqui se desloquem. E alguns são os exemplos de localidades que se tornaram em espaços sem vida
Aqui será também muito importante que se possa “oferecer”o artesanato local, ou com motivos locais.
Mas voltemos ao Roteiro Etnográfico:
Existem na Vila alguns pequenos imóveis, de traça bem antiga, e em degradação. Claro que têm donos e quero acreditar que facilitarão a respectiva aquisição . É preciso é meter mãos à obra.
…Aqui no Outeiro há logo um em que se poderiam montar, uma cozinha e um quarto, e nos outros que existem na vila outras “divisões” como “casas de fora”,”dispensas “ e outras que eram usuais ,construindo mesmo um forno caseiro. Importante será no entanto, que sem deixar de ser dos donos, que esses edifícios sejam considerados património cultural de interesse municipal. Há muitos anos que o Arquitecto José António de Sousa Macedo e a esposa, arquitecta Maria Manuela Macedo de Sousa o referiram em relação ao Outeiro, o que teria evitado a adulteração da casa junto à Capela.
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Não me parece que seja um investimento vultuoso.
PRAIA FLUVIAL
Dizem-me, não sei se com foros de verdade, que temos na Europa a única praia fluvial de areia branca. E o Plano de Ordenamento da Barragem indica os locais que podem funcionar como praia, e as condições que podem existir. Naturalmente terá que haver investidores…
Foram definidas três zonas de recreio balnear: uma na margem direito do braço de Foros do Mocho; e duas na margem direita da albufeira ,junto ao Pintado e junto a Montalvo, e que devem observar as seguintes normas: existência de acessos e estacionamento adequados; estarem correctamente assinaladas; serem dotadas de apoio de praia, que não vamos agora aqui especificar.
Esta uma situação que terá ficado muito prejudicada com o recuo dos empreendimentos CS.
PARQUE DE MERENDAS
Sem querer atingir seja quem for, esta é no momento uma situação anómala. O POB prevê dois locais, que no entanto deverão estar equipados com bancos, mesas e áreas para foguear destinados exclusivamente à preparação de alimentos, podendo ser complementadas com sanitários e espaços para recreio infantil, estes últimos com uma área máxima equivalente à do parque de merendas, e ainda, um posto de primeiros socorros.
A nossa esperança vem estando no projecto da Associação de Regantes que anos após ano nos vèm dizendo que o mesmo continua em “carteira”…mas vai continuando.
RECINTO COBERTO
Não se pode neste momento pretender um “Multiusos”com um certo requinte mas seria bom existir, a exemplo do que encontramos em muitas aldeias do Ribatejo,”um espaço com quatro paredes e uma cobertura, instalações sanitárias e um palco, sendo no entanto fundamental que se acautelasse a acústica.
A EBI tem um bom Pavilhão, mas com uma acústica horrível e um piso que não pode ser usado com o calçado normal.