[center][b]Montargil[/b][/center]
Caros amigos, é com sentimentos de alegria que agradeço a simpatia e hospitalidade com que as gentes de Montargil sempre me receberam na sua terra. Há algum tempo atrás, tomei a decisão de conhecer melhor as pessoas e a vila, passando a frequentar mais assiduamente e a conversar mais com as pessoas. Antes era apenas a passagem pela vila e a compra de algo que fizesse falta no momento e o caminho de regresso á barragem.
Tomei conhecimento da existência de um grupo de promoção cultural e do seu fórum na internet, e mais tarde assisti ao nascimento de um outro grupo também de promoção cultural, embora em áreas diferentes e com motivações diferentes. Mas ambos se completam dentro da promoção cultural da vila (espero não estar a dizer barbaridades ou a ser menos preciso, mas lendo o que se escreve nos vários temas dos fórum de cada grupo, logo se chega a essa conclusão.)
Não sou natural de Montargil nem tenho casa em Montargil. Sou um “estrangeiro “ que gosta da vila, das suas gentes e como é lógico da sua barragem, e que gostava de ver um pouco melhor em todos os aspectos.
Com os poucos conhecimentos que vou adquirindo, vou-me apercebendo das divergências entre estes dois grupos que se dizem de promoção cultural da vila de Montargil.
Tenho reflectido sobre tudo isto e hoje a caneta esgueirou-se por entre as folhas de papel e foi dando azo á fuga de lamentos e opiniões sobre o pouco que conheço dessa vila maravilhosa.
Sei de fonte segura que Montargil tem no seu seio gente muito inteligente e com cultura acima da média.
Sei que em Montargil existem ideias e projectos que podem ou devem ser levados á prática. Basta ler o que se escreve nos fóruns.
Sei que em Montargil não existe uma comissão de melhoramentos juridicamente constituída.
Aquilo que pergunto, aquilo que me interroga e me leva a escrever estas linhas em forma de desabafo ou pensamento em voz alta, ou qualquer outra coisa, é o porquê de uma pequena população de 4.000 habitantes (site da Junta de freguesia de Montargil) haver tantas divergências, tanto bairrismo desnecessário que só prejudica a vila.
Tomei conhecimento que a Junta de Freguesia tinha assumido as despesas da reconstrução da capela de Stº António. Mas quantas outras actividades ficam ainda por realizar? Quantos restauros ficam por fazer?
O que pode cada Montargilense fazer pela sua terra?
Li num site de uma universidade que as antas serviam para sinalizar as câmaras/monumentos fúnebres no tempo dos romanos e chegavam a pesar 15 toneladas. Esta descrição só tem um fundamento, que os responsáveis dos grupos de promoção de Montargil se sentem á mesma mesa, façam uso da inteligência e da cultura que sabemos que têm, analisem o que fizeram de mal e o que podem fazer de bem pela vila, trabalhando em conjunto apoiando-se mutuamente. No que fizeram de mal, onde erraram tenham a humildade de colocar os assuntos sob uma anta, para que sejam considerados definitivamente enterrados e esquecidos. Falo na anta como símbolo de definitivamente enterrado nem que seja só pelo peso.
Que se reúnam as forças vivas da vila, O Sr. Padre Bento, a Junta de Freguesia, os Grupos de Promoção Cultural, e porque não a GNR ( faz sempre falta ter a autoridade por perto, ás vezes uma explicação sobres as leis é sempre muito útil ) e entre todos, conversarem sobre os verdadeiros problemas de Montargil e a melhor forma de os resolver.
O que pode cada Montargilense fazer pela sua terra?
Realizar um espectáculo para angariar fundos que reverterão para a reconstrução ou criação de “alguma coisa”.
Elaborar um projecto credível para apresentar as autoridades competentes numa forma de pressão para a realização desse projecto.
Muito se poderia dizer aqui sobre isto. Mas resume-se tudo a um só pensamento e um só objectivo: colocar as forças vivas de Montargil a falar a uma só voz e a caminhar na mesma direcção com os mesmos objectivos.
Desculpem-me voltar a lembrar a criação da Comissão de melhoramentos.
A todos os Montargilenses que o são de alma e coração penso que está na hora de unir esforços, vontades e inteligências e “sujar” as mãos por Montargil.
Para o que estiver ao meu alcance, já aqui estou.
Com a consideração que o povo de Montargil me merece.
Um abraço amigo.
Manuel Mendes