ASSIM EU PEDNSO...

Pensar Montargil

Não sei quantos cidadãos da nossa terra terão parado para reflectir e pensar Montargil, mas aqueles que o fizeram certamente terão concluído, que como há 35 anos embora em expressão diferente, o partidarismo continua a ser um entrave ao desenvolvimento. E, como partidarismo entenda-se a sobreposição dos valores partidários aos interesses da comunidade, pois bem sabemos como ainda são muitos os que defendem o princípio errado de que se não formos nós a fazer que também não sejam os outros.
A maior alegria que os meus conterrâneos me poderiam dar, sem naturalmente abdicarem das suas opções partidárias, era dar as mãos pelos supremos interesses da terra. Quando foi da Escola por pouco não se perdeu essa obra de que hoje muito nos orgulhamos.,agora e quanto ao Centro de Saúde os resultados estão à vista.



Não se discute a importância dos Partidos Políticos, mas já se questiona a sua evolução nestas mais de três décadas, durante as quais não se promoveu uma acção pedagógica, sendo um desencanto o que vemos nos debates públicos, onde o prioritário não é o esclarecimento do eleitorado mas sim deixar bem vista a acção desenvolvida pelo seu partido. Sempre com a mútua acusação na linha da frente.
É preciso dizer a verdade ao povo português, afirmam alguns analistas, mas isso, acrescentam, é perder as eleições, o que não interessa.
Dizem os dicionários e as enciclopédias, que a política é a ciência de governar os povos, mas o que vemos com muita incidência é ser a arte de saber mentir. No entanto, a política é fundamental para a democracia que não se solidificará sem que a mesma, que anda pelas ruas da amargura, ganhe credibilidade. E è um dever de cidadania lutar para que isso aconteça.

Lino Mendes

Assim eu penso…
Lino Mendes




Só por si a legalidade não basta, se ausente o bom senso e ignorada a ética Por isso eu entendo que por exemplo uma manifestação mesmo que trazendo largos milhares para a rua nem sempre é um acto de democracia, se ferida por outros propósitos que não as da sua apregoada razão de ser. E não ignoramos como por vezes isso acontece!

Mas a verdade também, é que o protesto na rua será o mais eficaz processo de contestar a acção de uma maioria absoluta que não tem a minha simpatia, mas que fui obrigado a aceitar como um mal necessário face à postura de políticos para os quais o branco quando no Governo passa a ser preto quando na oposição. E hoje, sinceramente, não sei o que pensar.

Será que podemos ter esperança de que os nossos partidos políticos compreenderão, enfim, que é de interesse nacional a necessidade de num acordo de cooperação, que hoje os princípios ideológicos não podem ser considerados tão à letra ignorando-se factores tão fundamentais como o “ tempo” e o “espaço”? Se isso foi possível, até ao arrepio da ética, no que respeita ao financiamento partidário, por que não o será como imperativo nacional?

Preocupante também é a situação das Bela Vistas que existem pelo País, que de todos nós deve merecer uma urgente reflexão. Mas é um desencanto quando assistimos a um debate político-partidário e constatamos que em vez de se procurarem as causas é prioritário fazer prevalecer, sim, aquilo que “o seu partido” fez para o efeito.

31/05/09
Lino Mendes

Assim eu penso…



Para meu desencanto, Rafael Bordalo Pinheiro--- que como se sabe caricaturou a política como uma “porca” à sombra da qual “alguns ”porquinhos” se atropelavam para “chupar na teta”---continua actual. E tudo acontece porque a maioria do eleitorado não está politizado---não confundir com partidarizado— nem vemos sinais de que a breve trecho tal possa acontecer. E aí temos agora três eleições à porta, cada uma com objectivos bem diferentes, o que não se explica ao país.

Qual vai ser o nosso papel no Parlamento Europeu, que força temos ou podemos ter no mesmo, qual é o programa de cada um dos candidatos ao mesmo?
Como funciona o mesmo? Que força podemos ter a elaboração das directivas? Até onde chega a independência de cada Estado membro? Será mesmo que cada país tem garantido a sua independência aos mais diversos níveis?
Será que é de interesse nacional o estar integrado na União Europeia?

Dizem-me que o País estaria bem pior se não tem entrado na Europa, mas eu preciso de compreender o porquê, Pode até ser verdade, e eu sou um dos que recebeu em festa a entrada em vigor da moeda única, até começar a ver o que sentem na pele os custos que estão pagando quem não viu os rendimentos crescerem ao ritmo das despesas obrigatórias.

Lino Mendes