Recuperar os princípios éticos e morais
Terça-feira, 14 Julho, 2009 in Passeio pelo Côa | by antonioemidio
«Não me doem os actos da gente má; dói-me a indiferença da gente boa» (Martin Luther King).
Os arautos dos sistema estão a transmitir uma mensagem nos órgãos de comunicação social em que afirmam que dois valores que o homem sempre consagrou ao longo da sua existência, como a ética (moral) e a verdade, não podem ser levados muito a sério. Isso origina, segundo eles, uma espécie de fanatismo, e até é anti democrático!
Com esta atitude estão a inculcar-nos o relativismo moral e ético, próprio do sistema político/económico em que vivemos, que é a preponderância da economia sobre os demais aspectos da vida humana. É um fenómeno moderno, mas felizmente não vai ser eterno, como nos querem fazer crer os lacaios do capitalismo selvagem. O charlatão do Francis Fukuyama disse que chegámos ao fim da história! Repito, não vai ser eterno, e a demonstrá-lo está o facto da ausência de valores como a ética (moral) e a verdade, nos entristecer e revoltar, porque o homem sabe que numa sociedade que prescinde de todo o preceito moral só pode criar injustiça e caos, que é o que acontece presentemente.
Os senhores do sistema, que ao mesmo tempo são donos da comunicação social, mandam os seus arautos dizer que os grandes ideais da humanidade perderam o seu sentido, e o que temos que fazer é adorar valores falsos eleitos pela ideologia dominante, como o consumismo, o egoísmo, o individualismo e o hedonismo.
E quem são esses arautos? Intelectuais, jornalistas e escritores. Os jornalistas são obrigados a sê-lo, por razões óbvias. Mas intelectuais e escritores? A razão é, que a maior parte deles, intelectuais e escritores, só têm como preocupação ter êxito comercial e ganhar muito dinheiro. Esses objectivos só os conseguem se os grandes consórcios editoriais, que são propriedade dos senhores do sistema, publicarem os seus livros e os seus escritos. Então beijam a mão que não podem cortar.
Termino como comecei, temos que recuperar os princípios éticos e morais, se quisermos que a nossa sociedade seja uma sociedade justa e solidária.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
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