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 SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA

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lino mendes
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MensagemAssunto: SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA   SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA Icon_minitimeQua Nov 03, 2010 11:04 pm


SINGRANDO HORIZONTES

SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA Th_PavilhoLiterrioCulturalSingrandoHorizontes-1




Na condição de literato e pesquisador da literatura, aqui em Ubiratã, no Estado do Paraná, Brasil, apaixonado pela matéria, me propus a elaborar um boletim sobre os muitos literatos de nossa história, escritores, poetas e trovadores, no sentido de deixar acesa a chama da cultura entre aqueles que comungam desta mesma idéia. Este é o objetivo do boletim

Dentro desta realidade
de sentido universal,
eu avoco, na verdade
o intercâmbio cultural.

Nada obsta, contudo, uma parceria cultural com os demais pesquisadores literatos que, de uma forma ou outra, quiserem participar, mesmo à distância, destes estudos culturais.

Escrever é um simples conto,
que não é grande epopéia,
maiúscula mais o ponto,
e no meio só a idéia!

O hábito da escrita é que faz eternizar a nossa história, e nós somos os verdadeiros agentes desta grande missão em prol da cultura entre os povos e nações. Cada geração se eternizará de acordo com a sua cultura, e as futuras gerações se alicerçarão nestes esplendorosos patamares, rumo à evolução. Adotemos pois, a boa leitura, a escrita e a reflexão, como maiores fontes da sabedoria universal.

Respeitosamente,
José Feldman

( in Pavilhão Literário Cultural Singrando Horizontes )


Última edição por lino mendes em Sex Nov 05, 2010 9:05 pm, editado 9 vez(es)
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lino mendes
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MensagemAssunto: SINGRNDO HORIZONTES   SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA Icon_minitimeQua Nov 03, 2010 11:12 pm

SINGRANDO HORIZONTES



Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.37)
Photobucket
Trova do Dia


Cadeira de academia
é um "chama" sepulcral...
pois quando fica vazia,
lá se foi outro imortal!
FRANCISCO JOSÉ PESSOA/CE

Trova Potiguar


A deusa da minha rua
mora bem perto de mim;
vive a contemplar a lua
que ilumina o meu jardim.
GONZAGA DA SILVA/RN

Uma Trova Premiada


2007 > Niterói/RJ
Tema > ALVORADA > Menção Honrosa

Abri mão das alvoradas
que eu pude ter e não quis,
e hoje enfrento as madrugadas
fingindo que sou feliz!
MARIA NASCIMENTO/RJ

Uma Poesia livre

– Maria Emília Xavier/RJ –
AINDA...

Não tenho escrito nada...
Não por falta de vontade e de necessidade...
Mas, não quero botar no papel...
Não quero guardar,
Não quero lembranças...
Vai passar...
Todos os dias acordo e penso: hoje vai acabar...
Vem um novo tempo...
A manhã acaba...
A tarde passa...
A noite chega...
E pela manhã, a solidão me dá... Bom Dia.

Uma Trova de Ademar

A própria taquicardia
regula a nossa emoção
quando os versos da poesia
toca o nosso coração.
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

Quinhentos anos mostrando
o poder da sua glória;
o Brasil vai revelando
o seu passado na história.
WANDA DE OLIVEIRA/MG

Estrofe do Dia


A natureza se espalma
no mais completo abandono,
na mesma hora se acalma
sentindo o primeiro sono;
depois que tudo adormece
reza a derradeira prece
à noite que se encaminha,
surge a lua vagarosa
pensando triste e nervosa
passar a noite sozinha.
CANCÃO/PE

Soneto do Dia

– João Justiniano/BA –
SONETO DO RENASCER.

Pudesse recompor o meu passado
fazendo-o reverter no hoje e agora...
Traria minha mãe – Nossa Senhora,
Santa Ana ou Mãe Rosa, tendo ao lado.

Né Justino, Domingos e Toinho,
e eu, donzelo - adolescente ainda,
hora no trono, hora na berlinda,
não sabia de uísque nem de vinho...

E eis o sobrado e a escola de Dulcina,
a Rodelas humilde e pequenina,
de antes da barragem Gonzagão...

Inteiro meu passado, hoje e agora,
renasce diariamente a cada aurora,
preso, arraigado em mim, no coração...

Fonte:
Ademar Maced

( in Pavilhão Literário Cultural Singrando Horizontes )


Última edição por lino mendes em Dom Jan 02, 2011 7:54 pm, editado 1 vez(es)
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lino mendes
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MensagemAssunto: SINGRANDO NOVOS HORIZONTES   SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA Icon_minitimeSeg Nov 08, 2010 9:09 pm

SINGRANDO HORIZONTES

O, 7 DE NOVEMBRO DE 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas

Trova do Dia
Tem gente livre, mas cega
pois enxerga mas não vê,
seu jardim tem flor, não rega,
compra livro e nunca lê!

JOSIAS ALCÂNTARA/PR
Trova Potiguar
Xeroquei as tuas cartas
pra reler com todo o amor,
mas vejo que não te fartas
de arranhar a minha dor!

JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN
Uma Trova Premiada
2010 > São Paulo/SP

Tema > FEITIÇO > Vencedora
Por teu feitiço ou magia,
mesmo sabendo quem és,
troquei a minha alforria
e fui escravo a teus pés...

ERCY MARIA MARQUES DE FARIA/SP
Uma Poesia
– Ialmar Pio Schneider/RS –
NOSSO CAMINHO.
Envio-lhe estes versos com saudade
dos momentos felizes
de serenidade
ou deslizes...
Tudo é possível quando nos visita
uma paixão avassaladora,
inaudita
e sedutora...
Um sonho se descortina
em nosso caminho
e nos fascina
pelo carinho...
Quando estivermos juntos e unidos
vamos sempre lembrar
que fomos concebidos
para viver e amar...

Uma Trova de Ademar
Na Floresta, a “derrubada”
deixa em minha alma sequela,
pois a dor da machadada
dói mais em mim do que nela.
ADEMAR MACEDO/RN
...E Suas Trovas Ficaram
Louco de amor te busquei,
a ao te encontrar, percebi
que não fui eu que te achei,
eu, sim, é que me perdi!...

J. G. DE ARAÚJO JORGE/AC
Estrofe do Dia
Ao trocar o sertão pela cidade
confundi meu prazer com minha ânsia,
dediquei-me ao trabalho muito cedo
mutilei um pedaço da infância;
se não fosse o arquivo da memória
o capítulo melhor da minha história
estaria perdido na distância.
EDMILSON FERREIRA/PI

Soneto do Dia
– Alphonsus de Guimarães/MG –
S O N E T O.
Mãos que os lírios invejam, mãos eleitas
Para aliviar de Cristo os sofrimentos,
Cujas veias azuis parecem feitas
Da mesma essência astral dos olhos bentos;
Mãos de sonho e de crença, mãos afeitas
A guiar do moribundo os passos lentos,
E em séculos de fé, rosas desfeitas
Em hinos sobre as torres dos conventos;
Mãos a bordar o santo Escapulário,
Que revelastes, para quem padece,
O inefável consolo do Rosário;
Mãos ungidas no sangue da Coroa,
Deixai tombar sobre minh’alma em prece
A benção que redime e que perdoa!
Fonte:
Ademar Macedo
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lino mendes
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MensagemAssunto: SINGRANDO HORIZONTES   SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA Icon_minitimeDom Nov 14, 2010 3:38 pm

SINGRANDO HORIZONTES
SÁBADO, 1 3 DE NOVEMBRO DE 2010
Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.48)


TROVA DO DIA
Chega a velha toda acesaj
no portão fazendo graça.
Diz a filha: “Que surpresa!”
Diz o genro: “Que desgraça!”
PEDRO ORNELLAS/S

TROVA POTIGUAR
Pra garantir matrimônio
a confiante Teresa,
mantém sempre, o Santo Antônio,
com a velinha “bem acesa”...
UBIRATAN QUEIROZ/RN

UMA TROVA PREMIADA
2009 > Bandeirantes/PR
Tema > ARRUAÇA > Menção Especial
O guarda chega algemando:
- Não quero saber de arruaça!
- De que rua está falando...
se eu só bebi nesta praça?
WANDIRA FAGUNDES QUEIROZ/PR
Uma Trova de Ademar
Revelo aqui ao machista
que vou lhe causar um choque!
Me tornei urologista
só para lhe dar um toque!
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram
O pau quebrou, na baiuca,
Quando a empregada dondoca,
cheia de grilos na cuca,
achou um grilo na coca.
WALDIR NEVES/RJ
Estrofe do Dia
Amor a primeira a vista!
Ouvi da voz sensual,
aí me senti o tal
e o grande rei da conquista.
Será mais uma na lista
do garanhão arretado.
Mas aí fiquei frustrado
quando ela disse no instante:
Mas da segunda em diante,
pode ser no pré-datado!
FRANCISCO MACEDO/RN

SONETO DO DIA
– Miguel Russowisk/SC –
MORRER DE RIR.
Ter medo de morrer, porquê? - pergunto.
A morte é natural e tu tens medo?
A vida tem um fim e tarde ou cedo,
todo porvir comporta o seu defunto.
Embora tu não gostes deste assunto,
terás de usá-lo sempre como enredo.
A morte, eu sei, é o tema mais azedo,
que traz recheios de mistérios junto.
Eu penso assim, pois vejo em meu futuro,
um cadáver, bem morto, alegre e duro
num velório murchinho e sem cachaça.
Sinta-se mal aquele que disser
( mas hei de perdoar se for mulher):
-Morrer de rir ?!... -Meu Deus!-...não acho graça

Fonte:
Ademar Macedo
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lino mendes
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MensagemAssunto: POESIAS DE NATAL   SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA Icon_minitimeSeg Dez 06, 2010 4:44 pm

SINGRANDO HORIZONTES

Poesias de Natal

(Mensagens Poéticas) escolhidas por Ademar Macedo


Diversos autores

Trova do Dia

Sobre um humilde palheiro,
uma estrela jorrou luz,
indicando ao mundo inteiro
que ali nascia Jesus!
ALBERTO PACO/PR


Trova Potiguar

Natal é festa de luz
de sentimento profundo,
quando o menino Jesus
vem trazer a paz ao mundo.
HÉLIO PEDRO/RN


Uma Trova Premiada

2002 > Garibaldi/RS
Tema > Natal > Menção Honrosa

Minha maior alegria,
no Natal, era a emoção
do amor, que meu pai trazia
sob a barba... de algodão!
SÉRGIO FERREIRA DA SILVA/SP


Uma Trova de Ademar

Tal qual num conto de fadas,
quem sabe eu possa ver isto:
todas nações de mãos dadas
no aniversário de Cristo!
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram


Quanto mais festa e mais luz
nesses Natais de salões,
mais nós sentimos Jesus
ausente dos corações!
LUIZ OTÁVIO/RJ


Estrofe do Dia

Neste Natal quero ser
companheira e generosa
com meu povo e meu Jesus,
fazer do espinho, uma rosa
e amenizar qualquer dor
sendo bem mais amorosa.
DÁGUIMA VERÔNICA/MG


Soneto do Dia

NATAL DE NUNCA MAIS

Na véspera, um peru se embebedava
no terreiro da casa da alegria...
- E eu fui saber que a "pinga" que tomava
tornava a sua carne mais macia.

A Ceia de Natal entrelaçava
papai, mamãe e a minha fantasia...
- Sem perceber que a vida caminhava
e o sonho terminava no outro dia.

Quando a vida fluiu e pôs distância,
eu descobri, sem sombras de arrogância,
que o tempo tem seus planos desiguais...

E sigo, em meio ao risco e ao recomeço,
buscando, em vãos caminhos, o endereço
daquele meu Natal de nunca mais ! ! !

Fontes:
Ademar Macedo
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feldman




Número de Mensagens : 2
Data de inscrição : 16/12/2010

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MensagemAssunto: David Mourão Ferreira (Poesias Avulsas)   SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA Icon_minitimeQui Dez 16, 2010 1:19 pm

SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA David2bmour25c32583o
BALADA

Depois do sangue misturado,
depois dos dentes, dos lamentos,
estamos deitados, lado a lado,
e desfolhamos sofrimentos.
Temos trint’anos, mais trezentos
de sofredora exaltação.
É este o cabo dos tormentos?
Ai, não e não! Ainda não.
Saboreamos o passado
por entre os beijos mais violentos
e mais sutis que temos dado.
E o monumento dos momentos
oscila, desde os fundamentos,
a tão febril consagração.
Mas estacamos, sonolentos.
Agora, não. Ainda não …
Tudo se torna esbranquiçado:
eram azuis, são já cinzentos
os horizontes do pecado …
Há nos teus ombros turbulentos
cintilações, pressentimentos …
Os nossos corpos descerão
para que abismos lamacentos?
Ah! não, e não! Ainda não!
Eis-vos, de novo, movimentos
que apunhalais a inquietação!
E assim unidos gritaremos
que não e não! que ainda não!

CASA

Tentei fugir da mancha mais escura
que existe no teu corpo, e desisti.
Era pior que a morte o que antevi:
era a dor de ficar sem sepultura.

Bebi entre os teus flancos a loucura
de não poder viver longe de ti:
és a sombra da casa onde nasci,
és a noite que à noite me procura.

Só por dentro de ti há corredores
e em quartos interiores o cheiro a fruta
que veste de frescura a escuridão …

Só por dentro de ti rebentam flores.
Só por dentro de ti a noite escuta
o que sem voz me sai do coração.

LADAINHA HORIZONTAL

Como se fossem jangadas
desmanteladas,
vogam no mar da memória
as camas da minha vida …
Tanta cama! Tanta história!
Tanta cama numa vida!
Grabatos, leitos, divãs,
a tarimba do quartel;
e no frio das manhãs
lívidas camas de hotel ..
Ei-Ias vogando as jangadas
desmanteladas,
todas cobertas de escamas
e do sal do mar da vida …
Tanta cama! Tantas camas!
Tanta cama numa vida!
Já os lençóis amarrados
tocam no centro da Terra
(que o reino dos desesperados
fica no centro da Terra!)
e os cobertores empilhados
são monte que não se alcança!
Só as tábuas das jangadas
desmanteladas
boiam no mar da lembrança
e no remorso da vida …
Homem sou. Já fui criança.
Tanta cama numa vida!
Nem vão ao fundo as de ferro,
nem ao céu as de dossel. ..
Lembro-vos, camas de ferro
de internato e de bordel,
gaiolas da adolescência,
ginásios do amor venal!
Barras fixas. Imprudência.
Sem rede, o salto mortal
pra fora da adolescência …
E confundem-se as jangadas
desmanteladas
no mar da reminiscência …
Onde estás, ó minha vida?
Sono. Volúpia. Doença.
Tanta cama numa vida!
E recordo-vos, tão vagas,
vós que viestes depois,
ó camas transfiguradas
das furtivas ligações!
Camas dos fins-de-semana,
beliches da beira-mar …
Oh! que arrojadas gincanas
sobre os altos espaldares!
E as camas das noites brancas,
tão brancas!, tão tumulares!
Cigarros. Beijos. Uísque.
Ó fragílimas jangadas,
desmanteladas … !
E nelas há quem se arrisque
sobre os pélagos da vida!
Cigarros. Beijos. Uísque.
Tanta cama numa vida!
E o amor? Tálamo, templo,
conjugação conjugal ..
O amor: tálamo, templo
- ilha num mar tropical.
Mas ao redor, insistentes,
bramam as ondas do mar,
do mar da memória ardente,
eternamente a bramar …
Já no frio dos lençóis
há prelúdios da mortalha;
e, nas camas, sugestões
fúnebres, turvas, pesadas …

- Sede, por fim, ó jangadas
desmanteladas,
a ponte do esquecimento
prà outra margem da Vida!
Sede flecha, monumento,
ponte aérea sobre o Tempo,
redentora madrugada!
Se o não fordes, sereis nada,
jangadas
desmanteladas,
todas roídas de escamas
da margem de cá da Vida …
Pobres camas! Tristes camas!
Tanta cama numa vida!

PRESÍDIO

Nem todo o corpo é carne … Não, nem todo.
Que dizer do pescoço, às vezes mármore,
às vezes linho, lago, tronco de árvore,
nuvem, ou ave, ao tato sempre pouco … ?

E o ventre, inconsistente como o lodo? …
E o morno gradeamento dos teus braços?
Não, meu amor … Nem todo o corpo é carne:
é também água, terra, vento, fogo …

É sobretudo sombra à despedida;
onda de pedra em cada reencontro;
no parque da memória o fugidio

vulto da Primavera em pleno Outono …
Nem só de carne é feito este presídio,
pois no teu corpo existe o mundo todo!

TERNURA

Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada …

Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio …

Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente

que da nossa ternura anda sorrindo …
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!

NATAL, E NÃO DEZEMBRO

Entremos, apressados, friorentos,
Numa gruta, no bojo de um navio,
Num presépio, num prédio, num presídio,
No prédio que amanhã for demolido…

Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
Porque esta noite chama se Dezembro,
Porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
Duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
A cave, a gruta, o sulco de uma nave…

Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
Talvez seja Natal e não Dezembro,
Talvez universal a consoada.

“LITANIA PARA O NATAL DE 1967”

Vai nascer esta noite à meia noite em ponto
num sótão num porão numa cave inundada
Vai nascer esta noite à meia noite em ponto
dentro de um foguetão reduzido a sucata
Vai nascer esta noite à meia noite em ponto
numa casa de Hanói ontem bombardeada

Vai nascer esta noite à meia noite em ponto
num presépio de lama e de sangue e de cisco
Vai nascer esta noite à meia noite em ponto
para ter amanhã a suspeita que existe
Vai nascer esta noite à meia noite em ponto
tem no ano dois mil a idade de Cristo

Vai nascer esta noite à meia noite em ponto
vê lo emos depois de chicote no templo
Vai nascer esta noite à meia noite em ponto
e anda já um terror no látego do vento
Vai nascer esta noite à meia noite em ponto
para nos pedir contas do nosso tempo

AVISO DE MOBILIZAÇÃO

Passaram pelo meu nome e eu era um número
Menos que a folha seca de um erbário
Colheram no com mãos de zelo e gelo
Escreveram me sem mágoa um postal.
Convite a que morresse… mas porquê?
Convite a que matasse… mas por quem?
Oh! vago amanuence…
Oh! apressado e súbito verdugo…
Que te ocultas numa rubrica rápida e legível…
Que dirás tu do meu e doutros nomes
Que dirás tu de mim e doutros mais
No Dia do Juízo já tão próximo?
Que dirás tu de nós se nem treme
Na rápida rubrica a tua mão?
Bem sei que a tua mão só executa
Mas além do ombro a ti pertences.
Porém, pudera chorar, ter hesitado
A mancha de uma lágrima bastara
Para dar um sentido a esta morte
A que a tua indiferença nos convoca.

SECRETA VIAGEM

No barco sem ninguém, anônimo e vazio,
ficámos nós os dois, parados, de mão dada…
Como podem só dois governar um navio?
Melhor desistir e não fazermos nada!

Sem um gesto sequer, de súbito esculpidos,
tornamo-nos reais, e de madeira, à proa…
Que figuras de lenda! Olhos vagos, perdidos…
Por entre nossas mãos, o verde mar se escoa…

Aparentes senhores de um barco abandonado,
nós olhamos, sem ver, a longínqua miragem…
Aonde iremos ter? Com frutos e pecado,
se justifica, enflora, a secreta viagem!

Agora sei que és tu quem me fora indicada.
O resto passa, passa… alheio aos meus sentidos.
Desfeitos num rochedo ou salvos na enseada,
a eternidade é nossa, em madeira esculpidos!

GRITO

Cedros, abetos,
pinheiros novos.
O que há no teto
do céu deserto,
além do grito?
Tudo que é nosso.

São os teus olhos
desmesurados,
lagos enormes,
mas concentrados
nos meus sentidos.
Tudo o que é nosso
é excessivo.

E a minha boca,
de tão rasgada,
corre te o corpo
de pólo a pólo,
desfaz te o colo
de espádua a espádua,
são os teus olhos,
depois o grito.

Cedros, abetos,
pinheiros novos.
É o regresso.
É no silêncio
de outro extremo
desta cidade
a tua casa.
É no teu quarto
de novo o grito.

E mais noturna
do que nunca
a envergadura
das nossas asas.
Punhal de vento,
rosa de espuma:
morre o desejo,
nasce a ternura.
Mas que silêncio
na tua casa.

NATAL À BEIRA RIO

É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala te, vento velho! É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurreta.
Da casa onde nasci via se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado…
Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a terra me envolvia
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir me
À beira desse cais onde Jesus nascia…
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?

Fonte:
Luis Gaspar (Seleção) http://www.truca.pt/ouro/obras/david_mourao_ferreira.html
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lino mendes
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MensagemAssunto: singrando horizontes   SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA Icon_minitimeQui Dez 30, 2010 4:49 pm



Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.79)

Trova do Dia

"No ano que vem" - diz o povo -
"tudo vai ser diferente",
sem perceber que o Ano Novo
começa dentro da gente!
RENATA PACCOLA/SP

Trova Potiguar

Moribundo o Ano velho
murmura dizendo ao novo;
preserve nosso evangelho:
dê nova esperança ao povo.
MANOEL DANTAS/RN

Uma Trova Premiada

2002 > Garibaldi/RS
Tema > Natal > Menção Especial

Natal: volte a ser criança,
colocando – em profusão –
sapatinhos de esperança...
na janela da ilusão!
REGINA CÉLIA DE ANDRADE/RJ

Uma Trova de Ademar

Eu desejo aos Trovadores,
mesmo em medalha de bronze
o pódio dos vencedores
agora em 2011!!!
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram:

É Natal! A casa cheia
e a família reunida
no amor de Deus faz a ceia,
dividindo o pão da vida!
VERA MARIA BASTOS/MG

Estrofe do Dia

Estou rogando a Jesus,
o Cordeiro de Belém,
para que o ano dois mil e onze
não deixe triste ninguém
e, no seu itinerário,
renovando o calendário,
renove os homens também.
JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN

Soneto do Dia

– Darly O. Barros/SP –
JURAMENTO.

Antes que o sol desponte e, em ouro puro,
se faça sobre a areia e sobre o mar,
a perscrutar o manto claro-escuro
da via-láctea, quase a despertar,

ao ano que começa agora, eu juro,
em vala funda as mágoas soterrar;
quero de todo, novo o meu futuro
e nele as mágoas não terão lugar!

Cumprindo a jura feita, renovado,
começo dando as costas ao passado
e dele, enfim liberto, abrindo os braços,

sorvendo do ouro desse sol nascente,
com alma nova, vou seguindo em frente,
como se desse os meus primeiros passos...

Fonte:
Ademar Macedo

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lino mendes
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MensagemAssunto: SINGRANDO HORIZONTES   SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 7:42 pm

Singrando Horizontes

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.79)

Trova do Dia

"No ano que vem" - diz o povo -
"tudo vai ser diferente",
sem perceber que o Ano Novo
começa dentro da gente!
RENATA PACCOLA/SP

Trova Potiguar

Moribundo o Ano velho
murmura dizendo ao novo;
preserve nosso evangelho:
dê nova esperança ao povo.
MANOEL DANTAS/RN

Uma Trova Premiada

2002 > Garibaldi/RS
Tema > Natal > Menção Especial

Natal: volte a ser criança,
colocando – em profusão –
sapatinhos de esperança...
na janela da ilusão!
REGINA CÉLIA DE ANDRADE/RJ

Uma Trova de Ademar

Eu desejo aos Trovadores,
mesmo em medalha de bronze
o pódio dos vencedores
agora em 2011!!!
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram:

É Natal! A casa cheia
e a família reunida
no amor de Deus faz a ceia,
dividindo o pão da vida!
VERA MARIA BASTOS/MG

Estrofe do Dia

Estou rogando a Jesus,
o Cordeiro de Belém,
para que o ano dois mil e onze
não deixe triste ninguém
e, no seu itinerário,
renovando o calendário,
renove os homens também.
JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN

Soneto do Dia

– Darly O. Barros/SP –
JURAMENTO.

Antes que o sol desponte e, em ouro puro,
se faça sobre a areia e sobre o mar,
a perscrutar o manto claro-escuro
da via-láctea, quase a despertar,

ao ano que começa agora, eu juro,
em vala funda as mágoas soterrar;
quero de todo, novo o meu futuro
e nele as mágoas não terão lugar!

Cumprindo a jura feita, renovado,
começo dando as costas ao passado
e dele, enfim liberto, abrindo os braços,

sorvendo do ouro desse sol nascente,
com alma nova, vou seguindo em frente,
como se desse os meus primeiros passos...

Fonte:
Adem
ar Macedo
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lino mendes
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MensagemAssunto: singrando horizontes   SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 7:45 pm

Singrando Horizontes

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.7
9)


Trova do Dia

"No ano que vem" - diz o povo -
"tudo vai ser diferente",
sem perceber que o Ano Novo
começa dentro da gente!
RENATA PACCOLA/SP

Trova Potiguar

Moribundo o Ano velho
murmura dizendo ao novo;
preserve nosso evangelho:
dê nova esperança ao povo.
MANOEL DANTAS/RN

Uma Trova Premiada

2002 > Garibaldi/RS
Tema > Natal > Menção Especial

Natal: volte a ser criança,
colocando – em profusão –
sapatinhos de esperança...
na janela da ilusão!
REGINA CÉLIA DE ANDRADE/RJ

Uma Trova de Ademar

Eu desejo aos Trovadores,
mesmo em medalha de bronze
o pódio dos vencedores
agora em 2011!!!
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram:

É Natal! A casa cheia
e a família reunida
no amor de Deus faz a ceia,
dividindo o pão da vida!
VERA MARIA BASTOS/MG

Estrofe do Dia

Estou rogando a Jesus,
o Cordeiro de Belém,
para que o ano dois mil e onze
não deixe triste ninguém
e, no seu itinerário,
renovando o calendário,
renove os homens também.
JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN

Soneto do Dia

– Darly O. Barros/SP –
JURAMENTO.

Antes que o sol desponte e, em ouro puro,
se faça sobre a areia e sobre o mar,
a perscrutar o manto claro-escuro
da via-láctea, quase a despertar,

ao ano que começa agora, eu juro,
em vala funda as mágoas soterrar;
quero de todo, novo o meu futuro
e nele as mágoas não terão lugar!

Cumprindo a jura feita, renovado,
começo dando as costas ao passado
e dele, enfim liberto, abrindo os braços,

sorvendo do ouro desse sol nascente,
com alma nova, vou seguindo em frente,
como se desse os meus primeiros passos...

Fonte:
Adem
ar Macedo
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MensagemAssunto: Re: SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA   SINGRANDO HORIZONTES nas ondas da POESIA Icon_minitime

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