Quem entenda a Cultura como base de todo o desenvolvimento, pois quando mais culto for “um povo” mais imune está à demagogia, fica naturalmente preocupado face à despromoção do respectivo Ministério a Secretaria de Estado. Sendo frustrante que ao percorrer folha a folha o DN não encontra uma única referência aos objectivos no novo Governo no que respeita à matéria.
Afinal, também eles ainda não compreenderam que a culturização do país está por fazer, e que a mesma não pode ignorar a cultura de base, das tradições, que se está perdendo por entre montes e vales.
Ou será que a Cultura de um país se mede pela adesão aos eventos de decorrem no Centro Cultural de Belém em Lisboa ou na Casa da Música no Porto? É que se continuam a comprar livros a metro e a ir ao S. Carlos porque é selecto. Ópera? Extraordinário! Agora o Vira ou a Chula das gentes descalças lá da terra, ou o cante alentejano cantado nas tabernas onde não se bebe Whisky mas apenas vinho…Não perco tempo com as cantigas do povo ouvi há tempos entre extasiado e surpreendido.
Ponto assente, a “Cultura da Tradição” na Escola, é fundamental. E apenas o que se pretende é que ao sair do Básico o aluno saiba “o que é Folclore”.Ou não será degradante (apenas um entre muitos casos )ouvir na Televisão um director de orquestra de nomeada perguntar a um “grupo de cante” se interpretavam Lopes Graça. O quê, nem sequer o Milho Rei?
NOTA:
Não vejam nas minhas palavras uma contestação à música/cultura erudita, o que seria um absurdo, mas apenas a contestação à “cultura das aparências” com que a todo o momento nos deparamos.