Almanaque de MonteArgil Apresentação

Número de Mensagens : 328 Data de inscrição : 16/06/2010

Se hoje falarmos em Almanaque, pelo menos aos da minha geração vem logo à memória o Borda de Água, que desde 1929 vem difundindo aquilo a quem alguns chamam a “ciência da aldeia”
Dizem-me também que se trata de uma publicação anual que” está congelada no tempo”, por continuar a ser impressa numa tipografia tradicional e manter desde sempre a mesma linha editorial.
Transmite-nos curiosidades,”adivinha o tempo”, dá conselhos sobre agricultura.
Pois bem, o “Almanaque de MonteArgil”não terá naturalmente esta linha editorial ,mas pretende registar factos e acontecimentos, naturalmente em síntese, e que no fundo são parte da História da nossa terra, e todos podem colocar e nesse sentido aqui fica o CONVITE.

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DIA 20 DO ANO DE 1373
Elevação de MONTARGIL a VILA,por foral de D.FERNANDO

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Estamos em Fevereiro, mês de S.Valentim, padroeiro dos namorados, durante o qual, segundo a sabedoria popular ”pelo crescente da lua semeiam-se alguns legumes, melões e pepinos, enxertam-se macieiras, plantam-se loureiros, transplantam-se laranjeiras, limoeiros, etc. e em terras temperadas fazem-se bacelos e mergulhias. Entretanto,”pelo minguante da lua, podam-se vinhas, cavam-se parreiras, limpam-se as árvores” e é altura também de lavrar as terras fortes e argilosas para as sementeiras de Primavera. Podam-se as árvores de caroço. E quer no começo ou no fim, lá vem o Entrudo.

Refira-se, entretanto, que o Dia de Entrudo pode não acontecer em Fevereiro, embora os festejos comecem sempre nesse mês.

Em MONTARGIL e recuando no tempo (aí por 1930/40), era altura de romper carvalheiras, com mulheres, rapazes e raparigas, descalços a caminharem para a Charneca Na altura o trabalho não era muito, e o mato arrancava-se até Domingo Gordo, na véspera do qual o pessoal voltava a casa.

Começava então o Entrudo, por certo a época mais festejada no ano, em especial pela gente do campo. O Domingo Gordo, então, era um dia muito especial para o pastor e para o ajuda, que vivendo todo o ano na Charneca vinham então à Vila. E para de volta festejar o dito Entrudo, compravam-se então bichas, bombas e serpentinas. Era uma festa. As pessoas juntavam-se, comiam e bailavam ao som do harmónio.

O Entrudo (a designação portuguesa de Carnaval) é uma festa móvel que chegou a ser festejado em Montargil com Contradanças e Teatro de Rua, começando com a queima dos Amigos e das Amigas, dos Compadres e das Comadres (à quinta-feira) e terminava, quarta-feira de Cinzas com o Enterro do Entrudo.

Mas o mês de Fevereiro continuava a ser tempo da esgalha (o limpar das árvores, os ramos que estavam a mais para o respectivo desenvolvimento) e para o arrancar do mato (aliás, as carvalheiras eram mato com raízes profundas). E, se o arrancar do mato era um serviço duro, --só feito por mulheres e por cachopos, que os homens andavam noutras actividades--nem por isso ou talvez por isso mesmo--, deixavam de cantar. Era então o cantar a casar, que aliás não conhecemos em qualquer outra região, e isso nos disse também um dia o saudoso professor Tomaz Ribas.

Dispostas em fila, a trabalhar, uma a umas as mulheres iam casando cada uma das outras. E aqui deixamos um exemplo da letra, cuja música, sempre igual, não deixa de reflectir o peso do trabalho.

Olha a Margarida,

o que é que ela quer;
o Luís Caleiro
pra casar com ela.
E se ela quiser,
o Luís Caleiro leva uma mulher(a)

Leva uma mulher,
leva uma flor,
o Luís Caleiro
é o teu amor.(b)

É o teu amor,
é o teu ensejo,
o Luís Caleiro
já te deu um beijo.

a)-Entenda-se como uma boa dona de casa
b)-da Margarida

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Dia 28/1971
Noite de Gala no SALÃO PAROQUIAL a favor da Misericórdia
Participaram:RANCHO FOLCLÓRICO DE MONTARGIL(INFANTIL)
EUGÉNIQA LIMA
CARLOS DO CARMO
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Dia 28/1993
I FESTA DAS ESCOLÇAS DE FOLCLORE
Salão Paroquial

Participam:
MONTARGIL
CIDACOS(OLIVEIRA DE AZEMEIS(
BOAVISTA(PORTALEGRE)
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1969
A FNAT anuncia a construção de um Pavilhão em Montargil
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Não obstante a vaga de frio que se fazia sentir,
as ANDORIN HAS começam a chegar a Montargil

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[font=Trebuchet MS][size=18]...................................................
DIA 26 /1970
Baptismo da 1ªAMBULÂNCIA
Foi madrinha D.MARIA ANTÓNIA ROSADO

ESTREIAQ DO
RANCHO FOLCLÓRICO DE MONTARGIL(INFANTIL)
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Dia 29/1972
O RANCHO actua ejm Lisboa,nas OFICINAS DE S.JOSÉ,conjuntamente com:

HERMÍNIA SILVA
ELSA SAQUE
ELSQA HORTA
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1993
Homenagem a Manuel Cardoso

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I ENCONTRO DE HARMÓNIO DA CONCERTINA E DO ACORDEÃO
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Dia 23 de 1971
Convívio de Montargilenses em Lisboa, na Quinta de S.Domingos
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Dia 21 de 1989
Convívio de Montargilenses em Pinhal de Frades
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Dia 5 de 1984
I Encontro de Teatro de Autores Portugueses,em Matosinhos
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Dia29 de 1993
III Mostra de Folclore em Foros do Arrão
Barra Cheia
Cernache de Bonjardim
Montargil
Grupo Mensagem de Teatro
Grupo de Teatro de Fantoches
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3º Domingo 1973
I FESTIVAL DE FOLCLORE DE MONTARGIL
Montargil
Ponte de Sor
Castelo de Vide

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2001
BARRAGEM
TURISFOLK
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O Rancho Folclórico desloca-se a DAIMIEL(Espanha)

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Dia 21 de 1990
O GRUPO DE REALEJOS participa na RTP PORTO no Programa ÀS DEZ
Artista convidado: PEDRO BARROSO

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Dia 26/1971
Um mixto do BENFIVA vence por 1-0 a equipa da Casa do Povo

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Dia 18/1995
Semana do Alentejo em Sacavém
GRUPO REALEJOS
GRUPO CONCERTINAS
GRUPO TRADIÇÕES
LUIS JORDÃO
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ROMARIA DO SENHOR DAS ALMAS

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Dia 2 de Setembro
MERCADO À MODA ANTIGA::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

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1968
Publicação do primeiro número do Jornal ARAUTO
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AZEITE
Anuncia-se a boa qualidade da azeitona,que está a ser vendida a 241o o quilo.
Os 8 Lagares que então existem na freguesia,estão em plena laboração.
Reina do entanto o desânimo entre os proprietários,pois o preço a que está a ser
vendido o azeite e dadas as despesas não é compensador.
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A Camionagem CLARAS,passou a sair de Montargil às 8,30,permitindo assim
seguir em Ponte de Sor pela CP quer para Portalegre quar para Lisboa.
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Dia 30/1989
Festa de Natal--Salão Paroquial
Estreia do GRUPO DE REALEJOS