Livros & Escritores

No centenário do nascimento
de ALVES REDOL
e MANUEL DA FONSECA

Conheço melhor a obra de ALVES REDOL do que a de MANUEL DA FONSECA, mas o suficiente para os “entender” como dois grandes vultos do neo-realismo um género literário que é sem dúvida paralelo aos Direitos Humanos. Foi, digamos, uma corrente artística de meados do século XX, com um carácter ideológico marcadamente de esquerda / marxista, que teve ramificações em várias formas artísticas.
Mas aqui e agora interessa-me a literatura e estes dois autores. E como não sou crítico literário nem especialista em literatura ,a minha opinião é a de um vulgar leitor, que vê em Redol e Fonseca autores atentos”à desigualdades sociais e aos desmandos da elites”,São militantes da luta de classes. São por isso autores malditos.
GAIBÉUS publicado em 1939 foi a primeira obra do neo-realismo português, e não foi objectivo do autor que o mesmo se fixasse como uma obra de arte, mas como “um documentário humano fixado no Ribatejo”
Será entretanto de referir que este livro assenta em todo o trabalho de campo,de uma vivência que Redol depois passou ao papel. E que Alexandre Pinheiro Torres,assim nos explica:
“ História da alienação de uma comunidade de trabalhadores, ficamos a saber até que ponto são explorados, e até que ponto essa exploração se deve à falta de união com outras comunidades de jornaleiros. Gaibéus é, assim, o romance do divórcio entre ganhões, uns procurando resgatar algumas bouças ou sulcos que ainda lhes pertencem, outros alheios ao que seja possuir qualquer chalorda ou mesmo canteiro. “
“ História simbólica do embate de duas diferentes mentalidades, a desunião entre gaibéus e rabezanos é triste e profético paradigma das oposições, ainda hoje bem marcadas, entre os camponeses dos minifúndios e os dos latifúndios.”
“ Redol acreditava que seria possível o casamento entre uns e outros quando descobrissem que a mesma fome os une. É disso exemplo simbólico a parábola dos quatro jovens rabezanos e dos três jovens gaibéus." Alexandre Pinheiro Torres “



Mas passemos a Manuel Ferreira, continuamos por isso no neo-realismo, na convicção de que ,como escreveu Álvaro Cunhal “a arte deve exprimir a realidade viva e humana de uma época”.
No seu livro que escolhemos para esta referência—SEARAS DE VENTO—“ retrata-se a vida da família Palma, uma família simples e tradicional portuguesa, que habita num pequeno vilarejo onde a força das oligarquias (a GNR e as famílias ricas) oprime terrivelmente os camponeses e subverte as relações familiares.”


Entretanto, digamos que uma boa companhia para estes dois livros seria LEVANTADO DO CHÃO(José Saramago),mas o que hoje se pretende é registar o centenário do nascimento de ALVES REDOL e MANUEL DA FONSECA, sem dúvida dois grandes vultos do neorrealismo e que não podem ser ignorados por quem de facto deseja conhecer um pouco da história não branqueada da nossa ruralidade.
Fonte: WIKIPEDIA

Gostaria de vos convidar para a sessão de autógrafos do meu livro « Era uma Vez uma Casa », um conto para jovens de todas as idades sobre o qual o escritor, poeta e filósofo francês Serge Lapisse escreveu: Uma obra cheia de sensibilidade e de ternura, na qual o coração se sobrepõe à razão para nos levar à descoberta de uma vida verdadeira em que cada ser vivo tem lugar. (...) por vezes, precisamos de voltar a encontrar o nosso coração de criança para nos abrirmos às realidades da vida que nos proporcionam verdadeiras fontes de alegria. A autora mereceu bem o prémio literário que o Cercle International d'Expression Littéraire et Artistique lhe atribuiu por esta obra que nos faz prestar uma nova atenção à vida, abrindo-nos os olhos para um mundo onde a beleza transcende toda a fealdade. Não posso senão felicitá-la por nos conduzir por caminhos da vida que, infelizmente, escapam por vezes aos nossos olhos de adultos.





A sessão será na Feira do Livro de Lisboa, no domingo dia 13 de Maio, das 17 às 18 horas (stand do Sítio do Livro, Espaço dos Pequenos Editores).

Será a primeira vez que participo como autora num salão do livro em Portugal, embora já tenha sido convidada a participar nos de Paris, Bruxelas, Genebra, Luxemburgo e Saarbruecken, e também alguns regionais na Bélgica e França.

Conto com a vossa presença neste acontecimento. Saudações cordiais e literárias.

Abraço.
Dulce



Dulce Rodrigues
www.dulcerodrigues.info
www.barry4kids.net

RITA VILELA é, sem favor, um valor incontornável da nossa literatura, sendo de assinalar o facto de à quantidade corresponder a qualidade. Não

conheço, é certo, todas as suas obras, mas conheço o suficiente para saber o que digo. Sendo por isso, sem hesitação, que aconselho mais um livro que aí vem, agora com o título
As cenas de K
Já te aconteceu fechar os olhos e imaginar cenas, fazer filmes?





À Karina acontecia muitas vezes, ela fazia imensos filmes… que nem sempre acabavam muito bem.

Mas, um dia, ela conhece o Ricardo, um rapaz que adora futebol e que sabe uma maneira de ajudar as pessoas a concretizar os seus desejos