lino mendes Admin
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| Assunto: O CINEMA EM MONTARGIL Qui Jan 21, 2010 4:51 pm | |
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O Cinema na nossa terra
A primeira sessão de cinema foi em Paris a 28 de Dezembro de 1894 ,e à nossa terra terá chegado em 1918/1920. A guerra terminara em 1918, e José Cândido regressava do Brasil para onde fugira para não ser “alistado” para a mesma com ele terá vindo a ideia de oferecer cinema aos conterrâneos. Estávamos na era do “mudo”,e ainda hoje,na casa--ver foto-- onde viria a ser um conceituado comerciante, lá está a “janela” por onde o “criativo”Vìtor Brazagal projectava para o quintal.E criativo(Victor Brazagal)porque entre outros inventos chegou a construir umas asas para voar, Entretanto, começaram a vir aí alguns ambulantes que davam cinema ao ar livre, e o fizeram no quintal do Dr.Amândio e depois no quintal do Zé da Amieira.No primeiro recorda-e,era criança,caiu uma grande trovoada quando esta a ser projectado o filme “Maria Papoila”, mas passada a trovoada o filme continuou. Começaram então a vir “barracas” que instaladas no largo onde hoje é o Jardim aqui estavam algum tempo.Há aí uns setenta anos que entre outros aqui começaram a vir o Araújo e o Mariani. Em Dezembro de 1953 foi inaugurado o “Salão Paroquial”,sendo projeccionista o senhor Manual Barrela( grande músico)mas três anos depois era o senhor Artur, que andava no cinema ambulante ,que ocupa o seu lugar, apresentando a primeira sessão no dia de Natal de 1956.Antes,porém,mesmo em Montargil deu inúmeras sessões,tendo-se estreado na primeira feira local. As cadeiras eram a cinco escudos e as bancadas a vinte e cinco tostões e três e quinhentos.Sessões ao domingo,por vezes duas sessões e com casa sempre cheia. Alguns filmes: Capas Negras, Parabéns senhor Vicente, Um Homem do Ribatejo, Tortura da Carne, A Tosca,Os Miseráveis...
Mas voltemos ao Salão e é o senhor Atur(Artur Clemêncio da Silva—vulgo Artur Bogalhão) que nos conta.
Era a altura da construção da Barragem,davam duas sessões ao domingo e às vezes uma ao sábado,sempre esgotadas.As entradas eram a três escudos, cinco escudos e sete e quinhentos. A crise do cinema chegou com o “vídeo”,mas ver cinema numa sala, é bem diferente, para melhor, diz-me.
O senhor Artur foi ainda projeccinista na Casa do Povo,em sessões quinzenais,em organização da então FNAT( hoje INATEL). | |
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