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Em defesa
da nossa Identidade Cultural
O que fazer?
O que teremos que fazer para que as instâncias superiores olhem para a “cultura tradicional”como a base da nossa Identidade?
Será que vamos baixar os braços e permitir que a degradação continue?
Claro que não vamos para a rua fazer manifestações, mas por exemplo ainda hoje não compreendo a razão de ser do “cantar das Janeiras” em Belém ou em S.Bento, ou na recepção a governantes ou outros políticos .Porque a nível de entidades oficiais apenas o INATEL e as Autarquias (ou algumas autarquias) nos ajudam a remar contra a maré. Mas verdade também que cada Grupo é senhor de fazer o que entender…
Ainda hoje(10/7/012) e em destaque, o jornal Correio da Manhã,refere que”Folclore dá equivalência a ministro”.Se é verdade, tudo certo, mas simplesmente o que ali se pretende dizer é que”vejam lá, que até o Folclore, essa coisa sem importância, deu crédito a ministro”.
Ora, não sei se concordam comigo, mas não é dinheiro (que aliás também faz falta,) o que as gentes do folclore desejam das instâncias superiores, mas essencialmente o respeito. que lhe é devido
Entretanto , e com base no aforismo de que “tantas vezes o cântaro vai à fonte…”tenho batido à porta de várias instâncias superiores ,e ainda recentemente( 30/06/012) escrevi ao Ministério da Educação e à Secretaria de Estado da Cultura, pois entendo que ambos têm a ver com o assunto:
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Extrato da carta
Não desconhece V.Exª a importância da “identidade cultural” para que um povo exista como tal. Tampouco desconhece que a LÍNGUA e a TRADIÇÃO são os pilares em que a mesma assenta. E como sabe, nunca houve em Portugal uma “educação para a cultura da tradição”.Desnecessário se torna, pois, aqui referir muitos e muitos exemplos resultantes do desconhecimento que por vezes atinge as raias da ignorância. Aliás, mais de metade dos grupos que de folclore se intitulam não têm representatividade.
É urgente, pois, a introdução da “cultura tradicional” no ensino básico, mesmo incluída nas aulas de “português”.Claro que não se pretende a organização de grupos de folclore na Escola, mas a formação de um “público esclarecido” que em tudo o mais terá os seus efeitos positivos no futuro.
É certamente do conhecimento de V.Exª a “Recomedação para a Salvaguarda da Cultura Tradicional e Popular— Folclore” que a UNESCO emitiu em 15/11/1989, e que em certa altura refere que conviria que os Estados-membros: a)-elaborassem e introduzissem nos programas de ensino, tanto curriculares como extracurriculares, o estudo da cultura tradicional e popular de maneira apropriada, destacando especialmente o respeito a esta do modo mais amplo possível, e considerando não apenas as culturas rurais ou das aldeias, mas também aquelas criadas nas zonas urbanas pelos diversos grupos sociais, profissionais, institucionais etc., para fomentar assim melhor entendimento da diversidade cultural e das diferentes visões de mundo, especialmente as que não participem da cultura dominante;
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Da SEC chega-nos também hoje a resposta a “esclarecer que a Secretaria de Estado da Cultura, através dos organismos competentes, em especial, do Museu de Arte Popular, está consciente da necessidade de sensibilização para a importância do conhecimento e preservação da cultura tradicional portuguesa.”
“Relativamente à V..sugestão desta temática nos currículos escolares há a informar V.Exª que se trata de matéria da competência do Ministério da Educação e Ciência, pelo que este Gabinete nada tem a acrescentar”
Espero que do Ministério da Educação e Ciência venha também alguma resposta. Mas entretanto que cada um faça agora a sua reflexão.
LI[/font]NO MEND[/font]ES[/size][/size]